A ressurreição da filha de Jairo | Marcos 5:41-42


Tomando-a pela mão, disse: Talitá cumi!, que quer dizer: Menina, eu te mando, levanta-te! Imediatamente, a menina se levantou e pôs-se a andar; pois tinha doze anos. Então, ficaram todos sobremaneira admirados | Marcos 5:41-42

Depois de voltar do outro lado do mar da Galileia, onde havia curado certo homem possesso de espíritos malignos, Jesus foi cercado por grande multidão. Também um homem chamado Jairo, um dos principais da sinagoga judaica, veio ao encontro de Jesus. Ao vê-lo Jairo prostrou-se ao seus pés e implorou que Jesus viesse ter com ele para curar sua filha, que estava muito doente.

É interessante este pedido, tendo em vista que Jesus era odiado pela maior parte dos religiosos judeus que não entendiam as suas palavras e não entendiam como ele fazia milagres e falava com tamanha autoridade. Jairo, certamente, colocou em perigo sua posição na sinagoga ao fazer este pedido a Jesus. De qualquer forma, Jesus atendeu seu pedido e o seguiu. Também os seguiam as multidões. Neste momento chegaram algumas pessoas com a notícia que sua filha já havia falecido, mas Jesus disse: "Não temas, crê somente" Marcos 5:36.

 A morte que não é morte 

Jesus foi onde estavam todos reunidos por causa da morte da filha de Jairo e todos choravam. Um dos pontos interessante deste texto é a frase que Jesus diz que a menina não morreu, mas dorme (Marcos 5:39). A verdade é que esta morte da qual entendemos e que vemos cotidianamente não é o fim de todas as coisas. Quando acaba-se a vida física, inicia-se um período de descanso. Nós entendemos que este período é a morte, pois é um período vazio. Mas certamente ainda não é a morte. Apocalipse e alguns textos do Novo Testamento nos mostram que ao findar dos tempos todos os mortos serão julgados conforme tudo que está escritos nos livros e também no livro da vida, veja:

"Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles. Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono. Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros. Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras. Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo. E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo" Apocalipse 20:11-15.

Apocalipse nos ensina que após o julgamento do trono branco aqueles que não forem inscritos no Livro da Vida serão lançados no lago de fogo. Está é a segunda morte e a morte verdadeira. Assim, a morte física, como havia acontecido com a filha de Jairo, nada mais era do que este período de descanso. Foi por isso que Jesus disse que ela dormia e também porque tinha autoridade para chamá-la de volta à vida.

 A autoridade de Jesus 

Quando Jesus disse que a menina dormia muitos riram dele. Talvez achassem que ele fosse louco ou néscio. Mas Jesus tirou todas as pessoas daquele lugar. Isso porque não há espaço para falta de fé ou para a exaltação do homem quando Jesus ia curar alguém ou realizar alguma obra milagrosa (salvo alguns casos em que Jesus queria demonstrar o poder de Deus).

O poder e autoridade de Deus ao ressuscitar a filha de Jairo não se baseou em gritaria ou poderes sobrenaturais. Jesus simplesmente tomou a menina pela mão e a ordenou que se levantasse. A autoridade espiritual não precisa de apetrechos 'pentecostais'. A verdade é que mesmo estas coisas demonstram a falta da nossa autoridade espiritual. Jesus não precisou fazer nada a não ser ordenar.

 Glória a Deus somente 

"Mas Jesus ordenou-lhes expressamente que ninguém o soubesse; e mandou que dessem de comer à menina" Marcos 5:43.

Jesus é maravilhoso e por muitas vezes evitou que as pessoas soubessem acerca das coisas que ele fazia e realizava. Isso porque toda honra e toda glória pertenciam a Deus e Jesus sabia disso. Mesmo sendo um com o Pai, Jesus não se julgava na posição de ser adorado e costumava fazer estes pedidos para que as pessoas dessem glória a Deus somente.

É uma atitude louvável de Jesus e que nos faz pensar sobre o nosso cristianismo atual. Hoje em dia as pessoas, ao invés de buscarem a glória de Deus, erguem, para si mesmas, monumentos que expressam sua sabedoria e grandeza. E eu não falo apenas dos grandes templos que são construídos sem o menor cuidado, mas com a arrogância da maioria em se considerar um ministro do Senhor, responsável (legal) pela edificação da obra de Deus. Ora, não somos todos ministros, sacerdotes e levitas? Hoje em dia ao invés de buscar a glória de Deus nós buscamos os holofotes e honras intermináveis. Esta é uma das maiores provas que não servimos à Deus e a sua glória, mas servimos aos homens e à glória deles.

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1 Comentários

  1. Anônimo3/4/24 21:10

    Maravilhoso amei o estudo dessa história de fé esperança e a certeza de que para Deus nada é impossível.

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