Jesus acalma uma tempestade | Marcos 4:39-40


E ele, despertando, repreendeu o vento e disse ao mar: Acalma-te, emudece! O vento se aquietou, e fez-se grande bonança. Então, lhes disse: Por que sois assim tímidos?! Como é que não tendes fé? | Marcos 4:39-40

Leitura: Marcos 4:35-41.

O capítulo 4 do Evangelho de Marcos traz um último ensino de Jesus, mas que não se limitou a uma parábola. Este trecho do versículo 35 ao 41 mostra a soberania e autoridade de um Deus que se fez homem e que ainda assim se revestiu de poder e autoridade.

Ao fim deste dia e das muitas parábolas e ensinamentos, e sendo já tarde, Jesus chamou os discípulos a entraram em um barco e passarem a outra margem. E aconteceu que veio uma grande tempestade e o barco já se enchia de água, mas Jesus dormia.

O mais interessante deste texto é a forma como Jesus trata desta situação. Ao ser acordado pelos discípulos ele não se colocou a racionalizar a situação em busca de meios para os tirar dali, mas repreendeu o mar e as ondas, que se acalmaram e emudeceram. Tamanha é esta autoridade, pois como os ventos lhe obedeciam? Até ao dia de hoje é um mistério entender racionalmente a autoridade deste homem. Entretanto podemos entender que neste mundo todas as coisas são espirituais e tudo está debaixo do poder a autoridade de Deus.

Sem ter o entendimento de que tudo é espiritual, não poderemos compreender a atitude de Jesus em repreender esta tempestade. De fato, tudo é espiritual e nada há por acaso. Quando temos os olhos abertos às coisas espirituais nos assustamos com a realidade nua que existe entre a terra e o céu. E sem querer entrar em nenhum mérito, devemos entender que Jesus tem e tinha autoridade para repreender aquela tempestade, pois logo se fez grande bonança.

Não se trata de 'espiritualizar' as cosias comuns da vida, mas de ter o discernimento e a compreensão daquilo que é espiritual. Para ter esse discernimento devemos estar sempre em oração e em contato com Deus e com o Espirito Santo. É só através de Deus que teremos a clareza e a fé para repreender a tempestade, mas não só a tempestade. Mas como todas as castas e hordas espirituais. Jesus não repreendeu o vento apenas, mas todas as forças espirituais que se levantaram para ceifar a vida dele e dos discípulos naquele momento.

Por fim, este texto nos mostra que o ensino de Jesus através das parábolas não é meramente acadêmico, mas prático e vivo. Nunca entenderemos as palavras de Jesus se não vivermos as tempestades e lutas da vida. Primeiro jesus ensina, depois virão os ventos e tempestades para nos provar. Neste tempo, deveremos praticar aquilo que nos foi ensinado para permanecer com fé e discernimento e assim sair vitorioso em todas as coisas. Assim se completa o ciclo: primeiro o ensino, depois a prática e vivência de um Evangelho que é espirito e vida.

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