Genealogia: De Davi ao exílio na Babilônia | Mateus 1:6-11


Jessé gerou o rei Davi; e o rei Davi gerou Salomão, cuja mãe foi aquela que tinha sido mulher de Urias; Salomão gerou Roboão; Roboão gerou Abias; Abias gerou Asa; Asa gerou Josafá; Josafá gerou Jorão; Jorão gerou Uzias; Uzias gerou Jotão; Jotão gerou Acaz; Acaz gerou Ezequias; Ezequias gerou Manassés; Manassés gerou Amom; Amom gerou Josias; Josias gerou Jeconias e os seus irmãos, no tempo do exílio na Babilônia | Mateus 1:6-11

Leitura: Mateus 1:7-11; 1 Reis; 2 Reis; Isaías 6:1; Jeremias 2:13.

A genealogia de Jesus cita muitos homens no período de Davi até a deportação para a Babilônia. Todos eles foram reis, primeiro de Israel, e depois do reinado de Salomão, reis de Judá. Seus nomes são: Salomão, Roboão, Abias, Asa, Josafá, Jeorão, Acazias, Joás, Amazias, Azarias, Jotão, Acaz, Ezequias e Jeconias.

Este é o tempo dos Reis e suas histórias podem ser encontradas no primeiro e segundo livro dos Reis e no livro das Crônicas, no antigo testamento. Para este estudo, como é um resumão, estamos usando apenas o primeiro e segundo livro dos Reis. Não podemos aprofundar no estudo de cada um deles, pois gastaríamos muito tempo neste estudo. Mas este não é o nosso objetivo no estudo de Mateus. Aqui daremos um resumo deste tempo relatando os pontos relevantes a fim de compreender, de maneira global, a história da descendência de Jesus neste período de Davi ate a deportação para a Babilônia.

 Salomão (1 Reis 1 – 11) 

O primeiro a ser citado é Salomão, filho de Davi. Salomão foi um homem muito abençoado por Deus de todas as formas possíveis. Por duas vezes o Senhor apareceu a ele e lhe concedeu sabedoria, honra e riquezas como nunca houvera antes nos reinos de Israel.

Salomão foi o responsável pela construção do templo que leva seu nome, o templo de Salomão. Construir o templo era um desejo de Davi, que não permitiu que fosse construído em seus dias e concedeu a Salomão a responsabilidade de fazê-lo.

Salomão foi um rei sábio e andou nos caminhos do Senhor. Entretanto, ele não manteve seu coração inteiramente para Deus, como Davi. O erro de Salomão foi de se unir a várias mulheres extrangeiras durante a sua vida, contrariando o que fora dito pelo Senhor para que não se unissem as mulheres daqueles povos (1 Reis 11:2). Sendo já ele velho, as mulheres perverteram o seu coração e Salomão passou a seguir deuses pagãos chegando até mesmo a construir templos para Quemos e Moloque, além de seguir a Astarote e Milcom, todos deuses pagãos.

“Por isso, disse o SENHOR a Salomão: Visto que assim procedeste e não guardaste a minha aliança, nem os meus estatutos que te mandei, tirarei de ti este reino e o darei a teu servo.Contudo, não o farei nos teus dias, por amor de Davi, teu pai; da mão de teu filho o tirarei.Todavia, não tirarei o reino todo; darei uma tribo a teu filho, por amor de Davi, meu servo, e por amor de Jerusalém, que escolhi” 1 Reis 11:11-13.

Por causa da transgressão de Salomão, o Senhor tirou o reino do poder da descendência de Davi, já no reinado de Roboão, seu filho. Após a divisão os reinos se dividiram em o Reino de Judá (Reino do Sul) e o Reino de Israel (Reino do norte).

 Os Reis de Judá (Reino do Sul) (1 Reis 12 – 2 Reis 25) 

 Roboão (1 Reis 11:43) - 3º Rei de Judá 

O reino de Israel foi dividido no 6º ano do reinado de Roboão, filho de Salomão. Conforme predito pelo Senhor, devido ao pecado de Salomão, o reino foi divido. Roboão, após a morte do seu pai, foi a Siquém para que as demais tribos o proclamassem rei sobre Israel. O povo de Israel, entretanto, colocou uma imposição sobre Roboão, pedindo que fosse diminuídos os impostos que Salomão cobrava do povo. Mas em atitude imatura, Roboão aconselha-se com os seus amigos e avisa o povo que os impostos, em seu reinado, seriam ainda mais pesados que no tempo de seu pai. Por esse motivo Israel se rebelou e o reino foi dividido.

O reino de Roboão foi marcado pela idolatria. Roboão não seguiu os passos de Davi, mas permitiu que fossem feitas imagens de adoração, além de haver também muitos povos idólatras na terra, contrariando a palavra que o Senhor havia dado ao povo para com eles não se misturarem.

 Azarias (Uzias) (2 Reis 15:1) - 10º Rei de Judá 

Azarias, que era filho de Amazias, foi rei sobre o Reino de Judá após a morte de sue pai. Azarias, também conhecido como Uzias, fez o que era reto aos olhos do Senhor, conforme fez seu pai Amazias. Entretanto os altos, que foram levantados nos reinados anteriores, ainda não haviam sido tirados do meio do povo, pois neles queimava-se incenso para outros deuses.

Uzias foi um grande guerreiro e notável engenheiro. Projetou muitas armas de guerra e foi conhecido no mundo antigo por sua habilidade bélica. Ele também foi contemporâneo de Isaías e sua morte é retratada no livro deste profeta: “No ano da morte do rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as abas de suas vestes enchiam o templo” Isaías 6:1. Morreu de lepra, após tentar queimar ele mesmo incenso no templo, o que era reservado aos sacerdotes.

 Ezequias (2 Reis 18:1) - 13º Rei de Judá 

Ezequias, filho de Acaz, diferentemente de seu pai, Acaz, foi um rei temente a Deus como nunca houvera depois de Davi. Ezequias conseguiu tirar os altos de Judá e ainda tirou a serpente que Moisés havia levantado no deserto, pois o povo ainda queimava incenso para ela.

Ezequias vivenciou um grande milagre da parte do Senhor, pois o Rei Senaqueribe da Assíria, havia cercado Jerusalém. Mas veio o Anjo do Senhor de noite e matou cento e oitenta e cinco mil homens assírios. O rei, porém, fugiu para Nínive onde foi morto na casa do seu deus nisroque.

Ezequias ainda provou mais milagres de Deus. Após ser informado por Isaías que iria morrer (pois estava doente), orou a Deus que lhe concedeu mais quinze anos de vida. Mas Ezequias também errou durante sua vida. Ao receber mensageiros da babilônia, ele mostrou os seus tesouros a eles. Isaías profetizou e previu o futuro cativeiro dos judeus.

 Jeconias (Joaquim) - 19º Rei de Judá 

Jeconias, filho de Jeoaquim, teve um reinado curto de apenas três meses. Durante seu reino Jerusalém foi tomada pela Babilônia que levou cativo o rei e todos os tesouros do templo e da casa do rei. Essa história pode ser verificado no livro de Daniel. Jeremias é outro profeta deste tempo.

 Conclusão 

O objetivo de Mateus não foi fazer um relato histórico exato da descendência de Jesus, mas era mostrar que Jesus ascendia dos Reis de Judá. Por isso não era necessário um relato totalmente exato daquilo que já se sabia por parte dos judeus.

O que podemos verificar nesta época no reino de Judá é que a idolatria e a adoração a vários deuses foi muito forte entre o povo. O povo de Judá foi deportado para a Babilônia, conforme falou o profeta Jeremias, “porque [...] fez duas maldades: a mim me deixou, o manancial de águas vivas e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm águas” Jeremias 2:13.

Deus salvou o Seu o povo do Egito, mas eles, não querendo mais o governo de Deus em suas vidas, abandonaram a Deus, a fonte de vida eterna, e adoraram a outros ídolos na esperança de receberem deles algum benefício. Desta maneira, após repetidas advertências, Deus abandonou Seu povo, permitindo que o rei da Babilônia os levasse cativo para Babilônia, a terra da idolatria.

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